segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Apresentação em Disciplina: Programa Bolsa Família

Centro Universitário de Brasília - UniCEUB
Pós Graduação Lato Sensu em Direitos Sociais, Direito Ambiental e Direito do Consumidor
Disciplina: Políticas Públicas
Professora: Lilian Rose Rocha
Aluna: Juliana Capra Maia
Apresentação em disciplina



OBS.: Fonte dos dados ora apresentados: Relatório Nacional de Acompanhamento dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, elaborado pelo IPEA e pela Secretaria de Planejamento e Investimento Estratégicos (SPI/MP).
  • A fome não é um problema novo no Brasil ou no mundo. Pessoas famintas aqui e ali vêm sendo objeto da piedade de particulares e de instituições desde os primórdios.
  • A fome no Brasil foi denunciada nos escritos de Josué de Castro, pernambucano (ver Geografia da Fome; Homens e Caranguejos; Geopolítica da Fome, entre outros) que passou a publicar a partir de 1946. O médico, posteriormente exilado pela Ditadura Miliar, já salientava que a fome, fenômeno provocado pela distribuição injusta dos bens naturais, seria tão antiga neste mundo quanto o próprio homem. Seguem excertos:
A fome é, conforme tantas vezes tenho afirmado, a expressão biológica de males sociológicos. Está intimamente ligada com as distorsões econômicas, a que dei, antes de ninguém, a designação de "subdesenvolvimento". [i]  
A fome é um fenômeno geograficamente universal, a cuja ação nefasta nenhum continente escapa. Toda a terra dos homens foi, até hoje, a terra da fome. As investigações científicas, realizadas em todas as partes do mundo, constataram o fato inconcebível de que dois terços da humanidade sofre, de maneira epidêmica ou endêmica, os efeitos destruidores da fome [ii]
A fome não é um produto da superpopulação: a fome já existia em massa antes do fenômeno da explosão demográfica do após-guerra. Apenas esta fome que dizimava as populações do Terceiro Mundo era escamoteada, era abafada era escondida. Não se falava do assunto que era vergonhoso: a fome era tabu [iii]No mangue, tudo é, foi ou será caranguejo, inclusive o homem e a lama. [iv]
Não foi na Sorbonne, nem em qualquer outra universidade sábia que travei conhecimento com o fenômeno da fome. A fome se revelou espontaneamente aos meus olhos nos mangues do Capiberibe, nos bairros miseráveis do Recife — Afogados, Pina, Santo Amaro, Ilha do Leite. Esta foi a minha Sorbonne. A lama dos mangues de Recife, fervilhando de caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejo, pensando e sentindo como caranguejo [v]
São seres anfíbios – habitantes da terra e da água, meio homens e meio bichos. Alimentados na infância com caldo de caranguejo - este leite de lama —, se faziam irmãos de leite dos caranguejos [vi].  
Cedo me dei conta desse estranho mimetismo: os homens se assemelhando em tudo aos caranguejos. Arrastando-se, acachapando-se como caranguejos para poderem sobreviver [vii].
A impressão que eu tinha, era de que os habitantes dos mangues - homens e caranguejos nascidos à beira do rio - à medida que iam crescendo, iam cada vez se atolando mais na lama [viii]
Foi assim que senti formigar dentro de mim a terrível descoberta da fome [ix]
Pensei a princípio que era um triste privilégio desta área onde eu vivo – a área dos mangues. Depois verifiquei que, no cenário de fome do Nordeste, os mangues eram uma verdadeira terra da promissão, que atraía homens vindos de outras áreas de mais fome ainda - das áreas da seca e da monocultura da cana-de-açúcar, onde a indústria açucareira esmagava, com a mesma indiferença, a cana e o homem, reduzindo tudo a bagaço [x].  
Vê-los agir, falar, lutar, viver e morrer, era ver a própria fome modelando com suas despóticas mãos de ferro, os heróis do maior drama da humanidade — o drama da fome [xi].  
E foi assim que, pelas histórias dos homens e pelo roteiro do rio, fiquei sabendo que a fome não era um produto exclusivo dos mangues. Que os mangues apenas atraíram os homens famintos do Nordeste: os da zona da seca e os da zona da cana. Todos atraídos por esta terra de promissão, vindo se aninhar naquele ninho de lama, construído pelos dois e onde brota o maravilhoso ciclo do caranguejo. E quando cresci e saí pelo mundo afora, vendo outras paisagens, me apercebi com nova surpresa que o que eu pensava ser um fenômeno local, era um drama universal. Que a paisagem humana dos mangues se reproduzia no mundo inteiro. Que aqueles personagens da lama do Recife eram idênticos aos personagens de inúmeras outras áreas do mundo assolados pela fome. Que aquela lama humana do Recife, que eu conhecera na infância, continua sujando até hoje toda a paisagem de nosso planeta como negros borrões de miséria: as negras manchas demográficas da geografia da fome [xii].
O assunto deste livro é bastante delicado e perigoso. A tal ponto delicado e perigoso que se constituiu num dos tabus de nossa civilização. É realmente estranho, chocante o fato de que, num mundo como o nosso, caracterizado por tão excessiva capacidade de escrever-se e publicar-se, haja até hoje tão pouca coisa escrita acerca do fenômeno da fome, em suas diferentes manifestações [xiii].    
Quais são os fatores ocultos desta verdadeira conspiração de silêncio em torno da fome? Trata-se de um silêncio premeditado pela própria alma da cultura: foram os interesses e os preconceitos de ordem moral e de ordem política e econômica de nossa chamada civilização ocidental que tomaram a fome um tema proibido, ou pelo menos pouco aconselhável de ser abordado publicamente [xiv] 
Ao lado dos preconceitos morais, os interesses econômicos das minorias dominantes também trabalhavam para escamotear o fenômeno da fome do panorama espiritual moderno. É que ao imperialismo econômico e ao comércio internacional a serviço do mesmo interessava que a produção, a distribuição e o consumo dos produtos alimentares continuassem a se processar indefinidamente como fenômenos exclusivamente econômicos — dirigidos e estimulados dentro de seus interesses econômicos — e não como fatos intimamente ligados aos interesses da saúde pública [xv].  
Um dos grandes obstáculos ao planejamento de soluções adequadas ao problema da alimentação dos povos reside exatamente no pouco conhecimento que se tem do problema em conjunto, como um complexo e manifestações simultaneamente biológicas, econômicas e sociais [xvi].  
Por outras palavras, procuraremos realizar uma sondagem de natureza ecológica, dentro deste conceito tão fecundo de Ecologia, ou seja, do estudo das ações e reações dos seres vivos diante das influências do meio [xvii].  
Neste ensaio de natureza ecológica tentaremos, pois, analisar os hábitos alimentares dos diferentes grupos humanos ligados a determinadas áreas geográficas, procurando de um lado, descobrir as causas naturais e as causas sociais que condicionaram o seu tipo de alimentação, com suas falhas e defeitos característicos, e de outro lado, procurando verificar até onde esses defeitos influenciam a estrutura econômico-social dos diferentes grupos estudados [xviii]
O objetivo é analisar o fenômeno da fome coletiva - da fome atingindo endêmica ou epidemicamente as grandes massas humanas. Não só a fome total, a verdadeira inanição que os povos de língua inglesa chamam de starvation, fenômeno, em geral, limitado a áreas de extrema miséria e a contingências excepcionais, como o fenômeno muito mais freqüente e mais grave, em suas consequências numéricas, da fome parcial, da chamada fome oculta, na qual pela falta permanente de determinados elementos nutritivos, em seus regimes habituais, grupos inteiros de populações se deixam morrer lentamente de fome, apesar de comerem todos os dias. É principalmente o estudo dessas coletivas fomes parciais, dessas fomes específicas, em sua infinita variedade, que constitui o objetivo nuclear do nosso trabalho [xix]. 
É que existem duas maneiras de morrer de fome: não comer nada e definhar de maneira vertiginosa até o fim, ou comer de maneira inadequada e entrar em um regime de carências ou deficiências específicas, capaz de provocar um estado que pode também conduzir à morte. Mais grave ainda que a fome aguda e total, devido às suas repercussões sociais e econômicas, é o fenômeno da fome crônica ou parcial, que corrói silenciosamente inúmeras populações do mundo [xx] 
A noção que se tem, correntemente, do que seja a fome é, assim, uma noção bem incompleta. E este deconhecimento, por parte das elites européias, da realidade social da fome no mundo e dos perigos que este fenômeno representa para a sua estabilidade social, constitui uma grave lacuna tanto para a análise dos acontecimentos políticos da atualidade, que se produzem em diversas regiões da terra, como no que se refere à atitude que os países da abundância deveriam ter face aos países subdesenvolvidos, permanentemente perseguidos pela penúria e pela miséria alimentar [xxi]. 
Nenhum fator é mais negativo para a situação de abastecimento alimentar do país do que a sua estrutura agrária feudal, com um regime inadequado de propriedade, com relações de trabalho socialmente superadas e com a não utilização da riqueza potencial dos solos [xxii] 
Apresenta-se deste modo a Reforma Agrária como uma necessidade histórica nesta hora de transformação social que atravessamos como um imperativo nacional [xxiii] 
É que cerca de 60% das propriedades agrícolas no Brasil são constituídas por glebas de áreas superiores a 50 hectares de terra, das quais 20% possuem mais de 10.000 hectares. No recenseamento de 1950 ficou evidenciada a existência no Brasil de algumas dezenas de propriedades que são verdadeiras capitanias feudais: proriedades com mais de 100.000 hectares de extensão [xxiv]
É evidente que não bastaria dispor de alimentos em quantidade suficiente e suficientemente diversificados para cobrir as necessidades alimentares da população mundial. O problema da fome não é apenas um problema de produção insuficiente de alimentos. É preciso que a massa desta população disponha de poder de compra para adquirir estes alimentos [xxv]. 
A fome age não apenas sobre os corpos das vítimas da seca, consumindo sua carne, corroendo seus órgãos e abrindo feridas em sua pele, mas também age sobre seu espírito, sobre sua estrutura mental, sobre sua conduta moral. Nenhuma calamidade pode desagregar a personalidade humana tão profundamente e num sentido tão nocivo quanto a fome, quando atinge os limites da verdadeira inanição. Excitados pela imperiosa necessidade de se alimentar, os instintos primários são despertados e o homem, como qualquer outro animal faminto, demonstra uma conduta mental que pode parecer das mais desconcertantes [xxvi] 
Querer justificar a fome do mundo como um fenômeno natural e inevitável não passa de uma técnica de mistificação para ocultar as suas verdadeiras causas que foram, no passado, o tipo de exploração colonial imposto à maioria dos povos do mundo, e, no presente, o neocolonialismo econômico a que estão submetidos os países de economia primária, dependentes, subdesenvolvidos, que são também países de fome [xxvii].  

  • Apesar da comoção social causada pela fome, a inclusão da erradicação da fome na agenda política internacional é um dado relativamente recente.
** 1945. Criação da FAO, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, ora sediada em Roma/Itália e composta por 191 (cento e noventa e um) países. Coordena, desde a sua criação, diversos esforços internacionais de combate à fome e à insegurança alimentar.
** Agenda 21, um dos frutos da ECO-92 – Capítulo 3: "A erradicação da pobreza e da fome, maior equidade na distribuição de renda e desenvolvimento de recursos humanos: esses desafios continuam sendo consideráveis em toda parte. O combate à pobreza é uma responsabilidade conjunta de todos os países”. 
** Declaração do Milênio, de 2000. Estabelece como objetivo de todas as nações signatárias a erradicação da pobreza extrema e da fome. 

  • No Brasil, destacamos as seguintes mobilizações pela erradicação da fome:
** 1993. Campanha contra a fome liderada por Betinho (Herbert José de Sousa). Previa a distribuição direta de alimentos.
** Campanha presidencial de 2002. O Programa Fome Zero foi adotado como uma das bandeiras do candidato vencedor, Luís Inácio Lula da Silva.
  
  • Fome e pobreza são fenômenos intimamente relacionados.
  • Existem diversos critérios para medir “pobreza”. Alguns países utilizam como critério a renda familiar relativa. Dessa forma, por exemplo, nos Estados Unidos estima-se que 46% (quarenta e seis porcento) dos pobres possuam casa própria com, em média, 03 (três) quartos, garagem e 1,5 (um e meio) banheiros. Da mesma forma, na União Europeia, fala-se em pobreza considerando o consumo médio das famílias: as famílias com consumo abaixo da média global são consideradas pobres.
  • O critério adotado pelo Banco Mundial para mensuração da pobreza e da pobreza extrema, a partir de 1985, é a quantidade de dinheiro disponível para consumo diário. Esse critério surgiu após a síntese das linhas de pobreza de 33 (trinta e três) diferentes países. De acordo com o Banco Mundial: 
** Entendem-se como em situação de pobreza extrema as pessoas que dispõem de até Us$ 1.00 (um dólar americano) por dia para atendimento de todas as suas demandas.
** Entendem-se como em situação de pobreza as pessoas que dispõem de Us$ 1.00 a Us$ 2.00 (um a dois dólares americanos) por dia para atendimento de suas demandas. 
  • O Brasil utilizou o critério estipulado pelo Banco Mundial para a mensuração da pobreza e da pobreza extrema. Realizou as correções no índice, ajustando os valores de referência:  
** Em 1993, o valor referencial para a linha de extrema pobreza passou a ser de Us$ 1.08 (um dólar e oito centavos), e não mais Us$ 1.00 (um dólar).
** Em 2008, o valor referencial para a linha de extrema pobreza passou a ser de Us$ 1.25 (um dólar e vinte e cinco centavos), não mais Us$ 1.08 (um dólar e oito centavos).

  • Em 2000, a comunidade internacional se comprometeu, por meio da “Declaração do Milênio”, com a erradicação da pobreza extrema, estatuindo objetivos gerais constates do Quadro 01, a seguir. Os objetivos gerais em questão foram denominados “objetivos de desenvolvimento do milênio (ODM)”:
  •  
    Quadro 01 - Iniciativas da Agenda Social e os ODM correspondentes
  Objetivos do Milênio
  Eixos temáticos
  Principais iniciativas
ODM 1
Erradicar a extrema pobreza e a fome
Redução da pobreza e inclusão social
- Ampliação de benefícios e serviços socioassistenciais.
- Promoção do desenvolvimento sustentável nas áreas rurais.
- Geração de oportunidades às famílias pobres.

ODM 2
  Universalizar a educação primária
Educação
- Universalização do ensino
- Qualificação da educação

    ODM 3
Promover a igualdade entre os sexos e a autonomia das mulheres 

Promoção da igualdade entre os sexos  

Consolidação do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres
   ODM 4
  Reduzir a mortalidade na infância
   
  ODM 5
Melhorar a saúde materna
   
ODM 6
Combater o HIV/AIDS, a malária e outras doenças 


Saúde

- Universalização do atendimento qualificado.

- Interiorização dos programas de saúde.

- Expansão dos programas de prevenção e controle de doenças.
ODM 7
Garantir a sustentabilidade ambiental

   Meio ambiente
- Combate aos desmatamentos

- Revitalização de bacias hidrográficas em situação de vulnerabilidade e degradação ambiental

- Desenvolvimento de fontes alternativas de energia

- Expansão dos sistemas de esgotamento sanitário

- Ampliação dos programas de conservação e recuperação dos biomas 

ODM 8
Estabelecer uma parceria mundial para o desenvolvimento

Desenvolvimento mundial

   - Participação ativa do Brasil na promoção da paz, no combate às desigualdades e nos debates sobre segurança alimentar global e desenvolvimento sustentável. 

Fonte: BRASIL. Objetivos de Desenvolvimento do Milênio – Relatório Nacional de Acompanhamento – Brasília: Ipea, 2010
  • O Programa Bolsa Família (e, antes dele, o Programa Fome Zero, que previa inclusive o repasse de alimentos a famílias carentes), atualmente gerido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) é uma das principais políticas públicas do governo brasileiro para promover a redução da pobreza e da pobreza extrema.
  • “Inspirações” do Programa Bolsa Família:
** Programa Bolsa Escola, implantado em Campinas (1994) no Distrito Federal (1995).
** O programa Bolsa Escola, no Distrito Federal aliava renda mínima à obrigatoriedade de frequência e bom desempenho escolar. Pelo programa, as famílias carentes que mantivessem seus filhos (crianças entre 07 e 14 anos) na escola, perceberiam benefício de 01 salário mínimo. O Programa Bolsa Escola atingiu, em 1997, 44.382 crianças de 22.493 famílias, com um gasto de R$ 32 milhões, ou seja, menos de 1% do orçamento do Distrito Federal. Com esse programa, a evasão escolar, que era de cerca de 10% em 1994, caiu para 0,4%.
** Política de Renda Mínima (“Renda Básica de Cidadania”, defendida pelo Senador Eduardo Suplicy, PT/SP desde o seu primeiro mandato, em 1991.
  • O programa Bolsa Família, integrante do Programa Fome Zero:
  • ** Promoveu a unificação do Programa Fome Zero aos Programas Bolsa Escola, Auxílio Gás e Cartão Alimentação.
** Consiste em um programa de transferência direta de renda, desde que cumpridas determinadas condicionantes.
  • Atualmente, como contrapartida pelos benefícios recebidos, as famílias celebram os seguintes compromissos:
** Acompanhar o cartão de vacinação e o crescimento e desenvolvimento das crianças menores de 07 anos. As mulheres na faixa de 14 a 44 anos também devem fazer o acompanhamento e, se gestantes ou nutrizes (lactantes), devem realizar o pré-natal e o acompanhamento da sua saúde e do bebê.
** Todas as crianças e adolescentes entre 06 e 15 anos devem estar devidamente matriculados e com frequência escolar mensal mínima de 85% da carga horária. Já os estudantes entre 16 e 17 anos devem ter frequência de, no mínimo, 75%.
** Crianças e adolescentes com até 15 anos em risco ou retiradas do trabalho infantil pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti), devem participar dos Serviços de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) do Peti e obter frequência mínima de 85% da carga horária mensal. 
  • O Programa Bolsa Família está longe de ser unanimidade no Brasil. As principais críticas dirigidas contra o Programa Bolsa Família são:
** Deturpação do Programa Bolsa Escola. Perdeu-se a ênfase do programa na Educação, princípio básico para o desenvolvimento econômico e social das pessoas carentes (crítica do Senador Cristovam Buarque).
** Falta de fiscalização do cumprimento das condicionantes, principalmente da frequência das crianças à escola.
** Bolsa Eleitoral, instituída para “comprar” eleitores entre as classes mais pobres brasileiras, sem que constitua em verdadeiro instrumento de erradicação da pobreza pela produção, pelo  trabalho.
** Supostamente “viciaria” os beneficiários ao não-trabalho, tornando-os extremamente dependentes do auxílio estatal. Desestimularia a busca pelo emprego.
** Uso clientelístico e partidário. Os benefícios não são pagos por um governante ou por um partido, mas por toda a sociedade brasileira. Mesmo assim, a publicidade governamental faz parecer que a Bolsa Família é um “presente” do governante A ou B.
  • As reações internacionais ao Programa Bolsa Família, em geral, têm sido favoráveis. O programa, atualmente, é recomendado pela Organização das Nações Unidas para os países em desenvolvimento e recebe grande apoio do Banco Mundial.
  • Resultados gerais:
** Redução drástica do número de famílias em situação de pobreza ou de pobreza extrema. Em 1990, eram 25,6% da população brasileira. Hoje, são apenas 4,8%.
** A frequência escolar dos 10 milhões de alunos beneficiados pelo Programa Bolsa Família aumentou em 37%. Seu rendimento, entretanto, não sofreu quaisquer alterações.
** Uso clientelístico e partidário. Os benefícios não são pagos por um governante ou por um partido, mas por toda a sociedade brasileira. Mesmo assim, a publicidade governamental faz parecer que a Bolsa Família é um “presente” dos governantes que a instituíram.




[i] ENTREVISTA A GONÇALVES DE ARAÚJO (1969). Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[ii] FOME COMO FORÇA SOCIAL: FOME E PAZ. Trabalho publicado na revista Pourquoi, número especial, março de 1967, Paris. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[iii] A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E A FOME NO MUNDO. Trabalho publicado na revista Civillitá delle Machine, de julho/agosto de 1968, Roma. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[iv] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[v] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[vi] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[vii] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[viii] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[ix] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[x] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xi] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xii] A DESCOBERTA DA FOME. Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xiii] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xiv] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xv] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xvi] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xvii] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xviii] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xix] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xx] FOME COMO FORÇA SOCIAL: FOME E PAZ. Trabalho publicado na revista Pourquoi, número especial, março de 1967, Paris. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[xxi] A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E A FOME NO MUNDO. Trabalho publicado na revista Civillitá delle Machine, de julho/agosto de 1968, Roma. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[xxii] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xxiii] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xxiv] GEOGRAFIA DA FOME. Prefácio da última edição, incluído no livro Fome, Um Tema Proibido.Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br
[xxv] A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E A FOME NO MUNDO. Trabalho publicado na revista Civillitá delle Machine, de julho/agosto de 1968, Roma. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[xxvi] FOME COMO FORÇA SOCIAL: FOME E PAZ. Trabalho publicado na revista Pourquoi, número especial, março de 1967, Paris. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.
[xxvii] A EXPLOSÃO DEMOGRÁFICA E A FOME NO MUNDO. Trabalho publicado na revista Civillitá delle Machine, de julho/agosto de 1968, Roma. Incluído no livro Fome, Um Tema Proibido. Última Edição civilização Brasileira 2003. Organizadora: Anna Maria de Castro. Excerto no site www.josuedecastro.com.br.

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