Universidade de
Brasília – UnB
Centro
de Desenvolvimento Sustentável – CDS
Programa
de Pós Graduação em Desenvolvimento Sustentável
Doutorado
Disciplina:
Unidades de Conservação: Ideias, Ativismo e Políticas Públicas
Professor:
José Luiz Franco
Aluna:
Juliana Capra Maia
Esquema
de leitura: NASH, Roderick Frazer. The potential of environmental history, in
NASH, Roderick Frazer. American Environmentalism: Readings in Conservation
History. 3a. Edição, McGraw-Hill Publishing Company, USA, 1990.
** No final do século XX,
quase todo ambiente é um artefato, uma criação humana. Seja porque o homem o
construiu, seja porque deixou que determinadas espécies permanecessem ali. Tudo
é edificado, arado, plantado, cultivado. A natureza selvagem e a fronteira são
apenas memórias.
Even the “natural”, or
unaltered, parts of the planet are increasingly the result of human choice.
Wilderness remains because we alow it to exist – in national parks and
preservation systems. P. 1
** Por tais motivos, o
ambiente também pode ser visto como um “documento” histórico. Ele nos conta
sobre o passado, sobre as concepções presentes e tendências futuras: “Earlier generations created what we see
today and our choices, recorded on the land, are creating tomorrow’s
environment”. P.2.
** A história ambiental é
um campo de estudos relativamente novo, que cresceu pari passu ao movimento
ambientalista, da década de 1960, embora suas raízes remontem a Frederick
Jackson Turner e a Walter Prescott Webb.
** Pessoas e meio ambiente
se influenciam reciprocamente. Essas relações constituem precisamente o objeto
da história ambiental, motivo pelo qual, nesse campo, o historiador também deve
trabalhar com a biologia e com a geografia.
>> A história ambiental fornece interessantes insights a respeito da identidade nacional, dos padrões estéticos, religiosos e éticos.
>> A história ambiental é um dos melhores contextos para se compreender os embates entre dois valores fundamentais: a liberdade individual e a intervenção social. O uso racional dos recursos naturais implica certa limitação da propriedade privada, já que os meios mais baratos de explorar a propriedade constituem, exatamente, os mais predatórios.
** Surgimento de uma ética
biocêntrica, por meio da qual a natureza tem valor em si mesma. Um homem se
recusaria a extinguir uma espécie pelo mesmo motivo pelo qual se recusa a matar
um semelhante.
>> A ética biocêntrica estabelece limites ao liberalismo norte-americano.
>> A natureza seria a última minoria oprimida (antes: escravos, mulheres, crianças, idosos, etc.).
** A história ambiental
também fornece interessantes insights a respeito da relação entre cientistas e sociedade
civil, em geral. Normalmente, cientistas ocupam posições na gestão pública dos recursos
naturais (administração pública). Como os especialistas convencem os
não-especialistas a preservarem recursos naturais vitais?
>> Em um regime totalitário, basta proibir o acesso aos tais recursos. Mas e em uma sociedade democrática? Desafio.
** A história ambiental permite
abrir a caixa da identidade nacional norte-americana construída a partir da
fronteira. Qual foi o papel da abundância e das oportunidades na construção da
identidade nos EUA?
** A história ambiental
também propõe discussão acerca da controvérsia entre utilitarismo e interesses estéticos.
Uma árvore pode ser usada como paisagem ou como fonte de madeira; um cânion
pode ser usado para uma represa ou para preservação da wilderness. Mas não é possível, ao mesmo tempo, o cânion servir como
represa e como preservação de wilderness.
Isso – divergência nas formas de ocupar o solo – causa enormes embates
políticos e sociais.
>> Conservacionistas versus Preservacionistas.
** Erros comuns:
>> Confundir conservação e conservacionismo.
>> Aproximar-se da história ambiental sob a perspectiva “bonzinhos” versus “malvados”. É necessário compreender o passado em seus próprios termos.
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