Centro Universitário
de Brasília – Uniceub
Faculdade de Direito
Pós-Graduação Lato Sensu em Direitos Sociais,
Ambiental e do Consumidor
Monografia final
Resumo: CULLEN,
Jim. Short History of the modern media.
Somerset,
NJ/USA: John Wiley & Sons, 2013, consultado por meio do portal ProQuest Ebrary,
em 12 de Junho de 2015. Cap. 01, 04 e 05.
CHAPTER 1. PRINT'S RUN: PUBLISHING AS POPULAR CULTURE
** Benjamim Franklin >> Editor.
** Barateamento do papel e das técnicas de impressão >> barateamento dos livros, o que auxiliou a sua popularização.
CHAPTER 4. MAKING WAVES: RADIO IN AMERICAN LIFE
CHAPTER 1. PRINT'S RUN: PUBLISHING AS POPULAR CULTURE
"[...] there was a specific historical moment, in the early nineteenth century, when reading suddenly did become something you would do for fun". P. 14.
** Reforma Protestante >> Tornou-se possível em decorrência da invenção da imprensa por Gutenberg. Reproduções dos textos bíblicos."the arrival of reading as an entertainment activity was a transofmative moment in the history of mass media -- in an important sense, it marked the beginning of the history of the mass media -- and one whose reverberations continue to this very day". P. 14.
- Leitura: imperativo para que as pessoas pudessem forjar a sua relação direta com Deus, a partir das Escrituras.
- Ensinar os filhos a ler constituía dever das famílias puritanas.
** Benjamim Franklin >> Editor.
- No século XVIII, entretanto, ler ainda era um hábito de elites. Jornais e livros eram relativamente caros.
- Atingiu em cheio o mercado editorial e gráfico.
- O avanço das máquinas de impressão tornou livros, jornais e panfletos muito mais baratos.
"[...]. The fact that so many Americans could already read for religious reasons -- and the fact that the United States was a large market with a shared language, growing cities, and a rapidly expanding transportation infrastructure -- made it possible to turn the printed word into something it had never really been before: a true mass medium.
** 1830 a 1851. Criação de revistas semanais ou diárias tais como a Times, o The Sun, a New York´s Herrald, entre outras.Mass publisling, in turn, created the prospect of a dramatic change in the way people read. Until the early nineteenth century, most reading was intensive, which is to say that readers tended to know a few books really well. [...]. But from about the 1830s on, reading became increasingly extensive, which is to say that readers absorbed lots of different kinds of writing. [...] it also became the dominant mode of reading in te modern life [...]". Pp. 18 e 19.
- OpinIão de massas normalmente envolvia subjugar mulheres, imigrantes, negros ou qualquer pessoa com visão de mundo diferente da convencional.
- Ficções tornaram-se um meio de comunicação de massa comercial.
- Escrever tornou-se uma profissão possível.
- Romance mais popular do período: Uncle Tom's Cabin, de Harriet Beecher Stowe's. Demonstrou o poder da ficção para dramatizar questões de ordem pública.
** Barateamento do papel e das técnicas de impressão >> barateamento dos livros, o que auxiliou a sua popularização.
CHAPTER 4. MAKING WAVES: RADIO IN AMERICAN LIFE
O ancestral direto do rádio é o telégrafo. O telégrafo permitiu que os homens conquistassem tempo e espaço por meio da remessa de mensagens instantâneas via impulsos elétricos. Carregados por uma rede de cabos, esses impulsos eram transmitidos por código de pontos e traços em diferentes combinações que correspondiam a letras (código Morse).
Entre 1850 e 1900, diversos cientistas passaram a explorar as possibilidades de transmitir mensagens sem a utilização de cabos. Em 1900 a comunicação via rádio é inventada. Nessa época, o equipamento – agora sem cabos – ainda se valia do código morse. Os usos da descoberta eram principalmente industriais. A indústria naval, por exemplo, foi particularmente beneficiada pela comunicação via rádio.
A partir de 1910, passou a ser possível transmitir a voz humana por meio do rádio. Essa inovação, que sofreria grande impulso no período subsequente à Primeira Guerra, transformaria completamente as comunicações.
A partir dos anos 1920, a indústria percebeu que havia um número crescente de pessoas interessadas em adquirir receptores de rádio, para ouvir, mais do que pessoas interessadas em adquirir transmissores, para falar.
Poderosos transmissores começaram a ser utilizados, ainda de forma amadora e improvisada, para propagar programações de igrejas, sindicatos, escolas. O aumento exponencial das vendas dos receptores promoveu a profissionalização das estações, agora também empenhadas em transmitir notícias e entretenimento.
A partir desse ponto, os Estados passaram a cobrar pelas concessões de rádio. As estações, por sua vez, passaram a custear a sua programação e a sua própria existência por meio de propaganda. Em sendo a propaganda vital para a existência das emissoras, as demandas dos anunciantes se transformariam em prioridades. Em outros termos, as rádios não transmitiriam o que as pessoas gostariam de ouvir, mas o que os anunciantes gostariam de falar.
A música gravada não era uma forma normal de entretenimento transmitido pelo rádio em seus primeiros anos. A indústria fonográfica temia que as pessoas deixariam de adquirir música se ela pudesse ser ouvida gratuitamente pelo rádio. Desse modo, os programas musicais do rádio eram normalmente realizados ao vivo.
As notícias transmitidas pelo rádio também sofreriam adaptações. Inicialmente, as emissoras se limitavam a ler notícias de jornais e revistas. Com o tempo, entretanto, as emissoras aperfeiçoaram suas formas de obtenção de notícias e ganharam independência – e até proeminência – em relação à mídia escrita. O repórter da emissora de rádio estava “ao vivo” no local da notícia. A novidade era imediata. Essa característica tornava a notícia mais dramática, mais emocionante.
As emissoras também transmitiam programas seriais de humor, dramas, faroeste, suspense. A sua grande popularidade incentivou a criação dos programas de auditório, transmitidos ao vivo via rádio.
O rádio permaneceu como o meio de comunicação dominante nos EUA até os anos 1950. E a sua decadência se deveu à ascensão da televisão.
Estudos vinham sendo desenvolvidos desde os anos 20 para transmitir som e imagem por meio dos novos aparelhos. As grandes emissoras de rádio, que também se tornariam grandes emissoras de TV, já estavam preparando a introdução do novo equipamento há vários anos. Contudo, aparentemente, a 2ª Guerra atrasou a introdução do novo media.
Quando a TV finalmente foi lançada, abalou o rádio em suas próprias estruturas. O hábito de ouvir foi substituído, paulatinamente, pelo hábito de assistir. Atores famosos do rádio migraram rapidamente para os programas de TV. Os patrocinadores do rádio também passaram a minguar.
No final dos anos 1950, as linhas gerais da mudança já estavam lançadas. As famílias não se reuniam mais ao redor do rádio para ouvir notícias, músicas ou novelas. Elas o faziam em frente à TV. A TV tomou o lugar do rádio na sala de estar. O rádio, por sua vez, agora fabricado com transistores, não com válvulas, tornou-se mais leve e passou a ser ouvido individualmente ou em movimento, em especial com difusão dos rádios em automóveis.
O declínio da era do rádio, desse modo, testemunhou a – paradoxal – difusão do equipamento que, movido a pilhas e fabricado com transistores, tornara-se cada vez menor e mais barato. Também testemunhou a proliferação de emissoras locais em substituição das grandes emissoras de outrora, agora focadas na TV. Testemunhou uma mudança essencial de tecnologia: de AM (amplitude modulation) para FM (frequency modulation), com o consequente aumento da qualidade das transmissões. Sem os grandes patrocinadores, os programas de rádio tinham de tornar-se mais baratos e, para atingir tal finalidade, a utilização de músicas gravadas ao invés de programas ao vivo mostrou-se uma boa opção.
As gravadoras, que temiam que a demanda por discos diminuísse caso as músicas fossem veiculadas via rádio, passaram a acreditar no contrário, isto é, a difusão das músicas aumentaria as vendas.
A década de 50 testemunhou o advento de um fenômeno revolucionário: os baby boomers chegavam à adolescência. Resistentes aos programas de TV, a década aumentou a demanda por música, em especial por nova música. Essa nova música, ironicamente para um país de tradição racista, descendia da música negra típica do Velho Sul – o jazz e o blues. Nascia o Rock and roll, um estilo musical tributário da tradição negra exatamente nos anos de proliferação dos movimentos por direitos civis, o que lhe atribuía um viés liberal e rebelde. Sob essa perspectiva, o rádio dos anos 1950 era, par excellence, o veículo da contracultura.
A rádio FM dos anos 1960 transmitiu as músicas de Elvis Presley, Bob Dylan, Beatles. Os anos seguintes testemunharam a progressiva migração dos programas musicais para a banda FM, ficando a banda AM (mais barata) com o talk radio.
O rádio se espalhou em diversos filões. Um dos mais populares foi – e ainda é – a transmissão de eventos esportivos, tais como o baseball. O outro é a difusão de ideais políticos. E por razões ainda não esclarecidas, esse filão acabou por se tornar domínio dos setores afinados com a direta.
A transmissão via satélite tornou ainda mais fácil, barato e confiável nacionalizar a audiência dos programas de talk radio, até então dependentes da instável telefonia.
A trajetória do rádio e os seus impactos sociais servem como precedentes para o que se esperar da TV e da internet.
Hoje, a internet transformou novamente o rádio. A rede permite que as emissoras transmitam seus programas para ouvintes do mundo inteiro. Ademais, permite que os programas sejam ouvidos a posteriori, a critério do ouvinte, tal como um livro que se pega na estante.
More broadly, radio has come to resemble print culture in another sense as well: Its surprising resilience in an era of rapid technological and cultural change. It’s been a very long time since radio was at the cutting edge of popular culture, and in some quarters of US society it’s been largely forgotten. But, as with books and newspapers, radio continues to have its partisans – not all of them geezers – and those partisans have been passionate. Moreover, radio has proven to be highly adaptable, not only in terms of the way it has been used, but for the varied agendas, ideological and artistic, to which it has been deployed. Pp. 132.
A FICÇÃO CIENTÍFICA
A ficção científica é um gênero narrativo que surgiu entre o final do século XIX e o início do século XX, diante dos ululantes avanços da ciência sobre a sociedade. Apesar dos pioneiros franceses ou britânicos, a pátria-mãe da Ficção Científica é os EUA, não somente pelos avanços tecnológicos que o país testemunhava, como também pela enorme popularidade do gênero narrativo, situação que permitia a sua sustentação no mercado editorial.
O apogeu da ficção científica ocorreu no segundo terço do século XX, períodos em que gigantes do gênero (Ray Bradbury, Robert Heinlein, Phillip K. Dick e Isaac Asimov) estrearam. Esses e outros autores foram notáveis por descreverem situações tais como o nazi-fascismo, a guerra fria, a guerra nuclear ou o holocausto, de forma alegórica e inteligente, sempre abordando o futuro (que é o espaço temporal da ficção cientifica).
Em seus primórdios, a ficção científica era difícil de ser traduzida em imagens, motivo pelo qual era preferentemente divulgada em mídia impressa ou por meio do rádio.
Na década de 90, inovações em computação gráfica permitiram produções cinematográficas convincentes de Ficção Científica que se tornaram sucessos absolutos de público: Blade Runner, Alien, E.T, Contatos Imediatos de 3º Grau, Star Wars, Matrix, entre muitos outros. No Ocidente, as ficções científicas tendem a privilegiar o olhar pessimista sobre o futuro: as distopias ao invés das utopias.
Marcos:
· 1929 em diante. Publicação de Amazing Histories.
· 1938. Transmissão, por rádio, de Guerra dos Mundos (novela de 1898).
· 1950. Transmissão, por rádio, de A máquina do tempo (novela de 1895).
CHAPTER 5. CHANNELS OF OPPORTUNITY: THE ARC OF TELEVISON BROADCASTING
A televisão foi o meio de comunicação mais revolucionário, o que mais influenciou a vida e a cultura dos norte-americanos. A TV deu um passo além do rádio e fornece, ao mesmo tempo, imagem e som, une tempo e espaço, as gravações e as produções ao vivo.
Film goes one step beyond print and radio in that it gives us sound and vision simultaneously. As with print and radio, it records experience for later access. But while radio is a spectral presence, a film, like a book, is a material object, a reel of (celluloid) text that gets ‘‘read’’ (or, as discussed in Chapter 3, neurologically mis read) with the aid of a projector. Pp. 156.
Não é uma metáfora afirmar que todos assistem TV: desde meados do século XX, a televisão define a civilização ocidental. Mesmo assim, a TV é o meio de comunicação que mais sofreu manifestações de hostilidade, sendo apontada como a principal causa do “declínio da sociedade norte-americana”.
Sob o ponto de vista tecnológico, a televisão pertence à mesma genética do telégrafo e do rádio, no sentido de que transmite informação codificada. E da mesma forma que o telégrafo impulsionou a invenção do rádio por meio do desejo de eliminar os cabos, o rádio impulsionou a invenção da televisão por meio do desejo de unir som e imagem.
Tal como ocorria com o rádio, os shows, filmes e demais entretenimentos seriam custeados por meio da propaganda, situação que influenciou o que seria e o que não seria veiculado pela TV. Apesar de se dizer o contrário, as emissoras vendem pessoas para os anunciantes. E o objetivo de tudo isso é o aumento do consumo de determinado produto em prejuízo de seus concorrentes.
Entre a invenção da TV e a sua divulgação para o grande público passaram-se 20 anos, seja em decorrência da 2ª Guerra (os engenheiros que trabalhavam no aprimoramento e barateamento da TV passaram a trabalhar, por exemplo, nos radares), seja em decorrência das políticas regulatórias da União Federal.
As transmissões, no início, eram limitadas. Os shows de TV estavam disponíveis apenas por algumas horas em um punhado de cidades, a maioria na Costa Leste dos EUA. A transmissão de esportes se limitava a eventos que não demandassem muitas câmeras, tais como o boxe, de modo que a transmissão de jogos de baseball ou de futebol permaneciam como monopólio do rádio.
A chave para a transição entre o rádio – amplamente difundido nos EUA – e a TV (ainda uma novidade) foi a migração dos programas já conhecidos do público para o novo media. Acrescente-se a isso o fato de que, ao fim da 2ª Guerra, os EUA testemunharam um grande crescimento econômico (“Golden Age”), permitindo às famílias a aquisição da nova tecnologia.
In 1951, coast-to-coast broadcasting became a reality as stations in dozens of western cities were connected by coaxial cable. (Because the ability to record shows was primitive, most shows were live, creating complications with time zones.) Until this point, fewer than half of US homes had television sets. Within a few years, most did. In 1956, consumers were purchasing 20,000 sets daily. Three years later, 9 in 10 homes had them. Pp. 162.
Havia mais um motivo para o sucesso da TV. As notícias passaram a tangenciar a política e, nos anos 1950, havia grande ansiedade a respeito da política internacional em decorrência da Guerra Fria.
A TV remodelou os programas de auditório, as novelas, as comédias. Criou minisséries. Divulgou as novas tendências musicais (Elvis e Beatles). E assim, influenciou na mudança da sociedade e da cultura norte-americanas.
Television’s emergence as a mass medium in the 1950s coincided with a moment of relative social conservatism, which was reflected in the tone and content of TV programming. Controversial subjects were studiously avoided. In part, this was an economic imperative as well as a cultural one – advertisers were skittish about sponsoring shows that would offend viewers. With the coming of the 1960s, however, shifting cultural currents, first felt with more reliable youth barometers like pop music, began to assert themselves on television. Pp. 166.
Ainda tradicional nos anos 1950, a TV ganhou contornos de rebeldia ou de transformação social nos anos 1960. Os negros, por exemplo, deixaram de ser retratados como subservientes. As mulheres deixaram de ser retratadas exclusivamente como donas de casa.
A TV aberta era operada por três grandes canais privados (ABC, NBC e CBS) e um canal público (PBS), criado para reduzir as chances de monopólio das comunicações.
Em alguns anos, a TV a cabo apareceu como forte concorrente da TV aberta, reduzindo expressivamente o poder das tradicionais emissoras. Os seus inúmeros canais tornaram as chances de constituição de monopólios nas comunicações praticamente nula.
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