Universidade de Brasília - UnB
Centro de Desenvolvimento Sustentável - CDSPós-Graduação em Desenvolvimento Sustentável / Doutorado
VII Congresso da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade (ANPPAS).
Aluna: Juliana Capra Maia
Painel: As cidades e a sustentabilidade
Aluna: Juliana Capra Maia
Painel: As cidades e a sustentabilidade
Apresentação 01 – Movimento pendular de Fazenda Rio Grande, Região Metropolitana de Curitiba.
Fazenda Rio Grande, situada na Região Metropolitana de Curitiba, é uma cidade dormitório. Compõe-se, majoritariamente, de populações de baixa renda (renda familiar de até 2 salários mínimos). O valor do solo é cerca de 10 vezes mais baixo que aquele praticado em Curitiba. Há um movimento pendular claro em direção à cidade de Curitiba/PR, pela BR-116 e os principais motivos dos deslocamentos constituem trabalho e lazer. O tempo médio de deslocamento entre Fazenda Rio Grande e Curitiba varia entre 1 e 2 horas. A maioria esmagadora dos que se dirigem de Fazenda Rio Grande a Curitiba o fazem por meio de ônibus. Quando utilizam outros modais (carros e motos), os habitantes de Fazenda Rio Grande o fazem por causa do tempo (o trajeto pode ser feito em 30 minutos de carro) e do conforto. A população, em geral, avalia o transporte público como caro e ruim ou, na melhor das hipóteses, razoável.
Apresentação 02 – Meio ambiente urbano, acessibilidade e transporte público: o caso das pessoas com deficiência física no município de Santana – Amapá.
Péssimas condições do transporte público no município, impedindo o adequado transporte público dos cidadãos em geral e dos deficientes físicos, em particular. O município possui cerca de 102 mil habitantes. Os ônibus não são adaptados às necessidades dos deficientes físicos. Em entrevistas com portadores de necessidades especiais, colheu relatos de que calçadas, ônibus e paradas de ônibus de Santana são absolutamente inadequados.
Apresentação 03 – A influência cultural no desenho da rede de transporte público de Manaus: uma cidade cosmopolita. Jurandir Dutra
As teorias acerca do transporte urbano o tomam como força motriz que direciona o ordenamento das cidades. Estudo de caso: Manaus. A cidade dispõe de 1500 ônibus, distribuídos em 230 linhas. Sobreposição entre linhas de ônibus na região central, dificultando o tráfego no centro da cidade. A cidade não teve planejamento urbano ou controle do crescimento populacional, tal como as cidades da América Latina, em geral. Fundação dos núcleos urbanos às margens dos grandes rios, que funcionavam como artérias de acesso. Povoamento, principalmente de indígenas e descendentes. Elites com influência parisiense. Criação da Zona Franca de Manaus, em 1967, como estratégia de canalização das importações para a região. Explosão demográfica associada à Zona Franca de Manaus. Espraiamento urbano. Complacência do Poder Público com as invasões de terras.
Apresentação 04 – Análise comparativa dos transportes hídrico e rodoviário por fretamento, na região metropolitana de São Paulo: Eficácia de políticas públicas ambientais (2008-2012). Professor Paulo Almeida, USP.
Análise da eficiência do modal hidroviário na Região Metropolitana de São Paulo, se desenvolvido em conjunto com modais rodoviários coletivos (por fretamento). 20 milhões de habitantes da Região Metropolitana, sendo 12 milhões apenas na cidade de São Paulo. O enorme contingente populacional, o espraiamento da cidade e o enorme número de carros tornaram mais difícil planejar o transporte público em São Paulo. Ineficiência das políticas públicas de redução do uso dos carros (rodízio). Mais recentemente, proibição da circulação de caminhões em determinados horários. Associação entre modais hidroviário, rodoviário e ferroviário. Preço do transporte por modal hidroviário: 1/3 do preço do preço do modal rodoviário.
QUESTÕES
1. Planejamento da habitação e do transporte. Geipot e Ebtu.
2. Os efeitos perversos do planejamento. O caso de Brasília.
3. Fragilidades institucionais brasileiras. A história da ocupação do Brasil é a história da grilagem de terras.
Apresentação 05 – Velho Airão e Novo Airão.
Processo de arruinamento das cidades amazônicas. Arruinamento da sede do município de Velho Airão, situado às margens do Rio Negro. Causa: abandono do município pelo Estado, que não oferecia grandes atrativos econômicos. Miticamente (desculpa ainda utilizada por gestores públicos), formigas gigantes teriam invadido a cidade de Airão, expulsando os seus moradores. Mudança de Velho Airão para a Vila de Itapeaçu que, a partir de 1955, passou a se chamar “Novo Airão”. Desde a sua fundação, vem sofrendo transformações decorrentes do crescimento da Região Metropolitana de Manaus. Forte emigração para Manaus. Novo Airão possui uma riqueza florestal própria. Recentemente, tem sofrido com grilagens de terra e invasões. 77% do território de Novo Airão está em unidades de conservação, algumas de proteção integral.
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