COMPANHIA
IMOBILIÁRIA DE BRASÍLIA – TERRACAP
Escola
de Governo do Distrito Federal – EGOV
Curso
de gestão de riscos com base na Norma NBR ISO 31.000:2009
Instrutores:
João Batista de Souza Machado, Lúcio Carlos de Pinho Filho, Marcos Tadeu de
Andrade, Paulo Ribeiro Lemos e Rodrigo Ramos Gonçalves
DISCENTE:
Juliana Capra Maia
Dia 01. A
gestão de riscos fundamentada na NBR ISO 31.000:2009 aplicada ao setor público
** Contexto da implantação da gestão de riscos na Administração
- Consultoria contratada pela administração pública
- Avaliação da OCDE sobre o sistema de integridade da administração pública federal brasileira.
** O BACEN, desde 2006, possui gestão de riscos. Utiliza a gestão de riscos para intensificar ou suavizar a fiscalização de instituições financeiras (ranqueamento de fiscalizados).
** Recomendação do relatório da OCDE: “Integrar a gestão de riscos como elemento-chave da responsabilidade gerencial, de modo a promover a integridade e prevenir a improbidade, os desvios e a corrupção”.
** Decisão n. 3320/2015 do TCDF:
- Recomenda que a CGDF estabeleça a gestão de riscos como premissa básica para o exercício da função de executor de contratos, permitindo o fortalecimento dos controles internos e a mitigação do risco da ocorrência de erros;
- Recomenda o aprimoramento da gestão de riscos no âmbito do GDF, contribuindo para a criação de mecanismos de controle que funcionem juntamente com a execução dos contratos, fortalecendo os controles internos associados.
** Plano Estratégico Institucional 2016/2019 da CGDF:
- Foco na gestão de riscos na Administração Pública do Distrito Federal.
- Mapeamento das 24 organizações de maior complexidade no DF, que envolvem 80% de todo o orçamento do DF.
** Acepções do termo “risco”:
- “Perigo”. Norma ISO 27.001.
- Algo que impede o atingimento de determinado objetivo.
- Chance de algo acontecer. Incerteza, possibilidades, probabilidades. Resultados positivos ou negativos de determinada atividade. Norma ISO 31.000.
** Gestão de riscos: mitigação das incertezas.
** Principais riscos na acepção das empresas brasileiras (pesquisa da KPMG):
- Ação da concorrência;
- Falta ou perda de profissionais;
- Não pagamento de dividendos;
- Dificuldade / não execução da estratégia ou do plano de negócios;
- Decisões desfavoráveis em processos judiciais;
- Estimativas incorretas das necessidades da empresa;
- Diluição dos investidores;
- Volatilidade do mercado de capitais;
- Falta de liquidez das ações;
- Riscos relacionados à legislação ambiental;
- Dificuldade de captação de recursos no mercado de capitais.
** Riscos operacionais para 2017:
- Risco cibernético;
- Riscos na gestão de riscos;
- Risco geopolítico;
- Mudanças organizacionais;
- Fracasso no atingimento de objetivos;
- Sanções governamentais;
- Ataques físicos.
** A FAO alertou que 1/3 da população da América Latina vivem em áreas de risco de desastres.
“Hoje em dia, o gerenciamento de riscos está na agenda corporativa de todos, desde uma pequena organização privada ou pública. Uma atenção especial à gestão de riscos é paga pelos governos, bolsas de valores, acionistas e reguladores. No entanto, isso nem sempre foi assim”.
** Material de apoio:
- Gestão de riscos no STJ;
- Manual de governabilidade do TCU;
- Manual de gestão de riscos do TCU;
- Manual de gestão de riscos da Fundação Nacional de Qualidade (FNQ).
- IBCG: Gerenciamento de riscos corporativos;
- RCA/TCU. Risco e controle nas aquisições.
** A gestão de riscos não é um conhecimento exato. Por isso, é importante realizar a gestão de riscos em grupos (comitês). Há, ainda, chance intrínseca de erro na identificação e gestão dos riscos.
OBJETO REAL X OBJETO
PERCEBIDO
** Modelo das 3 linhas de defesa:
- 1ª Linha de defesa: Controles da gerência, medidas de controle interno. Gestores operacionais: responsáveis por gerir os riscos dentro dos limites funcionais; realizam periodicamente análise de riscos e revisão dos controles; implementam e executam os controles definidos; monitoram os riscos no seu dia-a-dia.
- 2ª Linha de defesa: Controle financeiro, segurança, gerenciamento de riscos, qualidade, inspeção, compliance. Unidades de gerenciamento de riscos especializadas.
- 3ª Linha de defesa: Auditoria Interna. Controladoria Interna.
** Normativos:
- Instrução Normativa 01/2016 – MP/CGU
- Lei 13.303/2016
- Decreto Distrital 37.302/2016
** Etapas: P-D-C-A
- Plan = Planejamento.
- Do = Execução.
- Check = Avaliação.
- Act = Modificação, ação.
** Normatização Internacional:
- COSO
- FSA
- CRAMM
- ISO 31000:2009
** ISO 31.000/2009. Melhor padronização de gestão de riscos. Metodologia global.
- Princípios.
- Estrutura.
- Processos.
** Risco é o efeito que as incertezas têm sobre os objetivos das organizações. As incertezas são geradas por influencias e fatores internos e externos, positivos ou negativos. Definição contemplada na ISO 31.000.
Riscos
(demandam tratamento)
≠
Problemas
(demandam soluções)
** Gestão de riscos (planejamento) ≠ Gerenciamento de riscos (execução)
** Etapas do processo de construção da política de gestão de riscos: identificar, analisar, avaliar e tratar adequadamente os riscos.
** Princípios da política de gestão de riscos:
- Cria e protege valor;
- Parte integrante dos processos organizacionais;
- Parte do processo de tomada de decisões;
- Aborda explicitamente a incerteza;
- Sistemática, estruturada e oportuna;
- Baseada nas melhores informações disponíveis;
- Feita sob medida;
- Considera fatores humanos e culturais;
- Transparente e inclusiva;
- Dinâmica, interativa e capaz de reagir a mudanças;
- Facilita a melhoria contínua da organização.
** A matriz de risco das organizações não devem ser divulgadas a terceiros. Tratam-se de informações estratégicas da entidade (pública ou privada).
** Estrutura para gerenciar riscos:
Mandato e
comprometimento
↓
↓
Concepção da
estrutura para gerenciar riscos (comitês)
↑ ↓
↑ ↓
Melhoria
contínua da estrutura Executar gestão de riscos
↑ ↓
↑ ↓
Monitoramento
e análise crítica da estrutura
**
Procedimento:
- Comunicação e consulta
>> Estabelecimento do contexto
>> Avaliação de riscos
-- Identificação dos riscos
-- Análise dos riscos
-- Avaliação dos riscos
-- Tratamento dos riscos
- Monitoramento e análise crítica
** Comunicação e
consulta:
- Níveis de acesso à informação. Nem todos os riscos serão informados a todas as unidades organizacionais.
- Apresentação dos riscos pertinentes às atividades de cada setor.
- Identificação dos atores que serão impactados pelos riscos e, por consequência, pelos seus respectivos tratamentos. Observação: a interpretação do risco é diferente para a empresa como um todo e para a área que será impactada.
- Faz parte de todas as etapas: do estabelecimento do contexto, da identificação dos riscos, da análise dos riscos, da avaliação dos riscos e do tratamento dos riscos.
** Referências
técnicas:
- ISO 31.000/2009. Gerenciamento de risco – Princípios e diretrizes;
- ISO 31:004/2013. Gestão de risco – Orientação para a implementação da norma ISO 31.000/2009;
- ISO 31.010/2009;
- ISO 19.011/2012 e
- COSO/2013 (Controle interno – framework integrado)
Dia 02.
Política de gerenciamento de riscos e as estruturas formais e informais de
gerenciamento de riscos
** Modelo de
implantação:
- Mandato e compromisso.
-- Deve conter os objetivos da gestão de riscos, os princípios da gestão de riscos, as diretrizes da gestão de riscos, as responsabilidades e a definição do processo de gerenciamento de riscos.
-- Instituição de um comitê de riscos, com as atribuições de fomentar as práticas de gestão de riscos, acompanhar de forma sistemática a gestão de riscos com o objetivo de garantir a sua eficácia e o cumprimento dos seus objetivos, zelar pelo cumprimento da política de gestão de riscos, monitorar a política de gestão de riscos, estimular a cultura de gestão de riscos, decidir sobre as matérias que lhe sejam submetidas bem como sobre aquelas consideradas relevantes, verificar o cumprimento das suas decisões, indicar os proprietários do risco, estabelecer o plano de gestão de riscos (“plano de ação”), retroalimentar informações para a auditoria baseada em riscos.
- Avaliação de maturidade da estrutura para a gestão de riscos. 1ª Fotografia.
- Riscos ISO 31.000/2009.
-- Identificação. Gerar uma lista abrangente dos riscos da organização. O que pode acontecer? Como e onde acontece? Por que ocorre?
-- Análise. Estabelecimento do nível de risco. Avaliação se o risco é extremo, médio, baixo.
-- Avaliação. Hierarquização das ações, isto é, estabelecimento de planos de ação prioritários.
-- Há controles na organização para esses riscos? Teste dos controles.
- Consolidação das informações em planilha Excel.
Modelo de
desenho da política de gestão de riscos utilizado pela Câmara Federal
Contexto
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Identificação
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Avaliação
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Tratamento
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*
Definir contexto
*
Revisar processo de gestão de riscos
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*
Reunir recursos.
*
Identificar recursos.
|
* Analisar a probabilidade e impacto
* Elaborar mapa de riscos
|
* Priorizar riscos
* Traçar respostas
- Designar “proprietários do risco”, isto é, responsáveis pela sua gestão.
* Aprovar plano
|
↓
↓
|
↓
↓
|
↓
↓
|
↓
↓
|
Comunicação
e monitoramento constante
* Comunicar os benefícios da gestão de riscos a todas as partes interessadas.
Comunicar, inclusive, o pessoal do nível tático e operacional.
* Assegurar que a estrutura do gerenciamento de riscos continue adequada.
Revisão permanente das prioridades de atuação.
* Assegurar que os recursos necessários sejam alocados par a gestão de riscos.
|
** Políticas
de gerenciamento de riscos
- Marinha do Brasil.
- Controladoria Geral do Distrito Federal. Portarias CGDF n. 25/2016 e n. 26/2016.
- Ministério da Segurança Institucional da Presidência da República. Portaria n. 76/2017. DOU n. 87, de 09 de maio de 2017, p. 3/4.
Dia 03.
Gerenciamento de riscos: estabelecimento do contexto e identificação de riscos
** Avaliação da
maturidade da gestão de riscos:
Maturidade de riscos: Grau de adoção e aplicação,
pela alta direção, de uma abordagem de gestão de riscos robusta conforme
planejada, em toda a organização, a fim de identificar, avaliar, decidir sobre
respostas e relatar oportunidades e ameaças que afetam a consecução dos
objetivos da organização.
** Graus de
classificação:
- Ingênuo >> Nenhuma abordagem formal desenvolvida para a gestão de riscos.
- Consciente >> Aborgadem para a gestão de riscos dispersa em “silos”.
- Definido >> Estratégia e políticas implementadas e comunicadas. Apetite por riscos definido.
- Gerenciado >> Abordagem corporativa para a gestão de riscos desenvolvida e comunicada.
- Habilitado >> Gestão de riscos e controles internos totalmente incorporados às operações.
Dia 04.
Gerenciamento de riscos: análise e avaliação de riscos
Dia 05:
Gerenciamento de riscos: tratamento de riscos, comunicação e consulta,
monitoramento e análise crítica
Dia 06:
Tópicos avançados de gestão de riscos
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