quarta-feira, 11 de abril de 2018

Esquema de leitura e excertos. Entre história e memória: os memoriais. NORA, Pierre.

HARVARD UNIVERSITY
HARVARD: GSD1X
THE ARCHITECTURAL IMAGINATION
Parte III, unidade 10: Representando o irrepresentável (Presenting the unrepresentable)
Aluna: Juliana Capra Maia
Esquema de leitura e excertos.
Referência: NORA, Pierre. "Between Memory and History: Les lieux de mémoire", in Representations, Vol. 26, Spring 1989, p. 07 - 24, University of California Press. Texto disponibilizado no link https://prod-edxapp.edx-cdn.org/assets/courseware/v1/4b05f04d9ab0159b6391bb56c1133002/asset-v1:HarvardX+GSD1x+1T2017+type@asset+block/module10_nora_betweenMemoryAndHistory_ucPress_final.pdf. Consulta em 05/04/2018, às 16:57 horas.



** Observação: neste esquema de leitura traduzi "lieux de memoire" por "memorial". O sentido atribuído pelo autor, entretanto, extrapola o do "prédio" ou "monumento" erigido em honra a determinado personagem, povo ou feito histórico.

** Vivemos sob o signo da aceleração da História. A aceleração da História é percebida como um desmoronamento constante e rápido do presente para um passado que se foi para sempre, uma percepção de que tudo que existe pode desaparecer [uma percepção, como dizia Marx, de que "tudo o que é sólido se desmancha no ar"].  


Nós falamos muito da memória porque pouco sobrou dela.


** Passamos a nos interessar por memoriais em um momento histórico peculiar, em um momento histórico em que a memória foi rasgada. Memorial é o local em que um resto de memória se cristaliza e se segrega, um local que permite um senso de continuidade histórica. Há memoriais porque não há mais ambientes reais de memória. 

** Exemplos: ruptura da cultura camponesa, que era um repositório muito antigo de memória coletiva; ruptura das culturas arcaicas das sociedades "newly awakened from their ethnological slumbers by colonial violation." (NORA, p. 7), isto é, recentemente despertadas do seu sono etnológico pela violação do colonialismo (tradução livre). 

We have seen the end of societies that had long assured the transmission and conservation of collectively remembered values, whether through churches or schools, the family or the state; the end too of ideologies that prepared a smooth passage from the past to the future or that had indicated what the future should keep from the past -- whether for reaction, progress, or even revolution. Indeed, we have seen the tremendous dilation of our very mode of historical perception, which, with the help of the media, has substituted for a memory entwined in the intimacy of a collective heritage the ephemeral film of current events. 
Vimos o fim de sociedades que há muito asseguraram a transmissão e a conservação de valores coletivamente lembrados, seja por intermédio de igrejas ou de escolas, da família ou do Estado; vimos também o fim de ideologias que prepararam uma passagem suave do passado para o futuro ou que indicaram o que o futuro surgiria do passado: quer por reação, quer por progresso, quer por revolução. De fato, vimos a tremenda dilatação de nosso próprio modo de percepção histórica que, com a ajuda da mídia, substituiu memória de uma herança coletiva pelo filme efêmero de eventos atuais. (Tradução livre).

** A aceleração histórica marca, portanto, a brutal diferença entre a memória (típica de sociedades primitivas ou arcaicas) e a história (que é o instrumento com qual as sociedades modernas organizam o seu passado). A memória é uma totalidade ditatorial, inconsciente e autorealizadora. Ela inventa e reinventa incessantemente a tradição, ligando a experiência de vida dos ancestrais do povo ao tempo indiferenciado dos heróis. Por outro lado, a história é um conjunto de eventos peneirados e organizados.



Hoje, sentimos um abismo entre história e memória, abismo esse que foi alargado até um limite convulsivo.



** Se pudéssemos viver dentro da memória, não demandaríamos memoriais. Cada gesto nosso seria representando como a repetição ritual de uma prática ancestral: identidade entre ato e significado. Mas o aparecimento da narrativa, da mediação, do afastamento e da crítica nos coloca no campo da história, não no campo da memória. Todos esses instrumentos, aliás, seriam inúteis em sociedades de memória.  
Memory and history, far from being synonymous, appear now to be in fundamental opposition. Memory is life, borne by living societies founded in its name. It remains in permanent evolution, open to the dialectic of remembering and forgetting, unconscious of its successive deformations, vulnerable to manipulation and appropriation, susceptible to being long dormant and periodically revived. History, on the other hand, is the reconstruction, always problematic and incomplete, of what is no longer. Memory is a perpetually actual phenomenon, a bond tying us to the eternal present; history is a representation of the past. Memory, insofar as it is affective and magical, only accommodates those facts that suit it; it nourishes recollections that may be out of focus or telescopic, global or detached, particular or symbolic-responsive to each avenue of conveyance or phenomenal screen, to every censorship or projection. History, because it is an intellectual and secular production, calls for analysis and criticism. Memory installs remembrance within the sacred; history, always prosaic, releases it again. Memory is blind to all but the group it binds [...], there are as many memories as there are groups, [...] memory is by nature multiple and yet specific; collective, plural, and yet individual. History, on the other hand, belongs to everyone and to no one, whence its claim to universal authority. Memory takes root in the concrete, in spaces, gestures, images, and objects; history binds itself strictly to temporal continuities, to progressions and to relations between things. Memory is absolute, while history can only conceive the relative. (NORA, p. 8/9). 
A memória e a história, longe de serem sinônimas, parecem estar em oposição fundamental. A memória é vida, sustentada por sociedades vivas fundadas em seu nome. Permanece em evolução permanente, aberta à dialética da lembrança e do esquecimento, inconsciente de suas sucessivas deformações, vulnerável à manipulação e à apropriação, suscetível de ficar muito adormecida e periodicamente revivida. A história, por outro lado, é a reconstrução, sempre problemática e incompleta, do que não é mais. A memória é um fenômeno perpetuamente real, um vínculo nos ligando ao presente eterno; a história é uma representação do passado. A memória, que é afetiva e mágica, apenas acomoda os fatos que nela "cabem"; nutre recordações que podem estar fora de foco ou telescópicas, globais ou distantes, particulares ou simbólico-responsivas a todas as comunicações e telas fenomênicas, a todas as censuras e projeções. A história, por ser uma produção intelectual e secular, demanda análise e crítica. A memória associa as lembranças ao sagrado; a história, sempre prosaica, as libera. A memória é cega para todos, menos para o grupo que ela conecta [...]: existem tantas memórias quanto grupos, [...] a memória é essencialmente múltipla e, por isso, específica; coletiva, plural e ainda individual. A história, por outro lado, pertence a todos e a ninguém, daí sua reivindicação à autoridade universal. A memória cria raízes no concreto, nos espaços, nos gestos, nas imagens e nos objetos; a história se liga estritamente às continuidades temporais, às progressões e às relações entre as coisas. A memória é absoluta, enquanto a história só pode conceber o relativo. (Tradução livre).

** Em um mundo laico, secularizado, a verdadeira missão da história é suprimir ou destruir a memória. Nesse mundo, o passado se conhece exclusivamente pela história. 

** Historiografia da História >> sinal mais tangível da divisão entre história e memória. A historiografia da História se atribui a tarefa de encontrar os impulsos alienígenas que lhe habitam, de descobrir e de revelar que vem sendo vítima de memórias que supostamente dominaria. Em sociedades nas quais a história não assumiu a tarefa de "formar a nação", a Historiografia da história é menos carregada de conteúdo polêmico. Na França, contudo, ela é iconoclasta e irreverente, operando por meio da dúvida.

That we study the historiography of the French Revolution, that we reconstitute its myths and interpretations, implies that we no longer unquestioningly identify with its heritage. To interrogate a tradition, venerable though it may be, is no longer to pass it on intact. (NORA, p. 10).
Quando estudamos a historiografia da Revolução Francesa, reconstituindo os seus mitos e as suas interpretações, não estamos mais nos identificando completamente com a sua herança. Interrogar uma tradição, por mais venerável que seja, significa não mais transmiti-la intacta (Tradução livre).

** Ascensão e queda da história da nação >> 
  • História da Nação. Conciliação entre história e memória. Sacralização da "nação", cuja história seria una, indivisível. Aqui, o historiador torna-se meio pregador, meio soldado, comprometido com a unidade nacional, com a grandeza da pátria e com o progresso da humanidade.
  • A "História da Nação" é uma síntese de história e memória que se desfez com a pressão de uma nova onda secularizadora. Na década de 1930, para-se de falar no acoplamento entre Estado e nação e passa-se a se falar no acoplamento entre Estado e sociedade. 
  • Dissociada da "nação", a história se transforma em instrumento de autoconhecimento da sociedade, o que lhe permite assinalar diversos tipos de memória e se transformar em um laboratório de mentalidades passadas. Contudo, ao negar a sua identidade com a nação, a história também abandonou a sua pretensão de transmitir um significado coerente, bem como a sua autoridade pedagógica para transmitir valores.
  • Com o advento da "sociedade" no lugar da "nação", a legitimação pelo passado abre espaço para a legitimação pelo futuro. Não mais uma causa, a "nação" torna-se um dado. A história torna-se uma ciência social e a memória, um fenômeno privado, subjetivo.


** O estudo dos memoriais está na interseção de dois movimentos: um puramente historiográfico (o giro reflexivo da história sobre si mesma) e o outro puramente histórico (fim de uma tradição de memória). Memorais aparecem quando desaparece a memória, quando ela está domada pela história crítica. Daí nos apegarmos aos objetos mais simbólicos de nossa memória: aos arquivos, aos tratados, às bandeiras, às bibliotecas, aos dicionários, aos museus, aos cemitérios, aos santuários. Eles são como marcos físicos que abrem as fronteiras de um outro tempo. 
Lieux de memoire originate with the sense that there is no spontaneous memory, that we must deliberately create archives, maintain anniversaries, organize celebrations, pronounce eulogies, and notarize bills because such activities no longer occur naturally. The defense, by certain minorities, of a privileged memory that has retreated tojealously protected enclaves in this sense intensely illuminates the truth of lieux de memoire -- that without commemorative vigilance, history would soon sweep them away. We buttress our identities upon such bastions, but if what they defended were not threatened, there would be no need to build them. Conversely, if the memories that they enclosed were to be set free they would be useless; if history did not besiege memory, deforming and transforming it, penetrating and petrifying it, there would be no lieux de memoire. Indeed, it is this very push and pull that produces lieux de memoire --moments of history torn away from the movement of history, then returned; no longer quite life, not yet death, like shells on the shore when the sea of living memory has receded. (NORA, p. 12).  
Os memoriais originam-se da sensação de que não há memória espontânea, de que devemos deliberadamente criar arquivos, manter aniversários, organizar celebrações, pronunciar elogios e autenticar contas, porque essas atividades não ocorrem mais naturalmente. A defesa, por certas minorias, de uma memória privilegiada que recuou para enclaves protegidos, nesse sentido, ilumina intensamente a verdade do memorial: sem vigilância comemorativa, a história logo a arrebataria. Apoiamos nossas identidades em tais bastiões, mas se o que eles defendiam não fosse ameaçado, não haveria necessidade de construí-los. Por outro lado, se as memórias condensadas nos memoriais pudessem ser libertadas, seriam inúteis; se a história não sitiasse a memória, deformando e transformando, penetrando e petrificando-a, não haveria memoriais. Na verdade, é exatamente esse empurrão e puxão que produz os momentos de memória - momentos da história, arrancados do movimento da história e depois retornados: não mais a vida, ainda não a morte, tal como as conchas na costa, quando o mar da memória viva recuou (tradução livre).

** A memória medida pela história >>
  • O que chamamos "memória" já é história. Não se trata mais de um conjunto de hábitos irrefletidos e transmitidos de geração em geração, mas da "memória de alguém", registrada como história.
  • A memória moderna é arquivística. Depende da materialidade, do registro, da gravação, da visibilidade da imagem. Ela não é experimentada internamente. Existe apenas através de seus sinais manifestos, foi absorvida por sua reconstituição meticulosa.
  • Memória, hoje, é um armazém gigante, são os megadados, tudo o que possa vir a ser utilizado no "tribunal da história". 
  • A materialização da memória foi multiplicada, descentralizada e democratizada. Os principais produtores de arquivos no período clássico eram as grandes famílias, a igreja e o Estado. Hoje, todos produzem material: e quanto menos extraordinário o testemunho, mais ele parece refletir a mentalidade média. 


A produção indiscriminada de arquivos é o efeito agudo de uma nova consciência: a expressão mais clara da memória historicizada



  • Atomização da memória geral em diversas memórias privadas. Multiplicação exponencial das memórias individuais: aumento da busca por genealogias e curiosidades familiares; preocupação com as origens das disciplinas; busca dos antecedentes de grupos minoritários.   
  • A transformação da memória implicou uma mudança decisiva do histórico para o psicológico; do social para o individual; da mensagem objetiva para a sua recepção subjetiva; da repetição para a rememoração. Cada um torna-se historiador de si mesmo: isso se converte em um direito e em uma obrigação (coerção interna).
  • Quanto menos a memória for experimentada coletivamente, mais os indivíduos se sentirão coagidos a se tornaram indivíduos de memória [alguma relação com a radicalização dos movimentos identitários e nacionalistas no ocaso do século XX?].
  • Distanciamento do passado. Se antes o passado podia ser rememorado, reconstituído, recuperado, agora o passado -- tal como o futuro -- se tornou invisível, imprevisível e incontrolável. Passamos da ideia de um passado visível para a de um passado invisível; da ideia de um passado sólido e estável para um passado fraturado. O passado tornou-se um mundo à parte. 
  • Paradoxalmente o distanciamento exige a reaproximação que a nega: desejamos saber como os antigos se vestiam, o que comiam, como cheiravam, no que acreditavam e como se relacionavam sexualmente. Mas essa obsessão só é concebível em um regime de descontinuidade, isto é, quando "nós" não nos identificamos mais com "eles".   
  • Nossa memória, hoje: televisual. Retorno das "narrativas". Onipotência do imaginário e do cinema na cultura contemporânea.

Não é mais a gênese que buscamos, mas a decifração daquilo que somos à luz daquilo que deixamos de ser. 


  • A história torna-se, então, um repositórios para os segredos do presente. E com a desintegração da memória-história, surge um novo tipo de historiador. Não mais um ser neutro, sem qualquer paixão ou identificação com o seu objeto, mero transmissor de saberes pretéritos para o tempo presente, mas um historiador que está pronto para confessar a sua subjetividade e o seu apego ao objeto estudado. E a sua subjetividade não é mais vista como um obstáculo, mas coo um caminho para compreender o objeto. O historiador, ele mesmo, se torna um "memorial" (lieu de memoire).



** Memoriais: uma outra história
  • Memoriais (lieux de memoire) podem ser simples ou ambíguos, naturais ou artificiais, imediatamente disponíveis para a experiência concreta ou suscetíveis à elaboração abstrata. Eles são "lugares" em três sentidos concomitantes: no sentido material, no sentido simbólico e no sentido funcional.  
Even an apparently purely material site, like an archive, becomes a lieu de memoire only if the imagination invests it with a symbolic aura. A purely functional site, like a classroom manual, a testament, or a veterans' reunion belongs to the category only inasmuch as it is also the object of a ritual. And the observance of a commemorative minute of silence, an extreme example of a strictly symbolic action, serves as a concentrated appeal to memory by literally breaking a temporal continuity. Moreover, the three aspects always coexist. (NORA, p. 19). 
Mesmo um local a princípio puramente material, como um arquivo, só se tornará um memorial (lieux de memoire) se a imaginação o investir com uma aura simbólica. Um objeto puramente funcional, como um manual de sala de aula, um testamento ou uma reunião de veteranos pertence à categoria dos memoriais (lieux de memoire) apenas a medida em que é também o objeto de um ritual. E a observância de um minuto comemorativo de silêncio (o que exemplifica o extremo de uma ação estritamente simbólica) serve como um apelo concentrado à memória, quebrando, literalmente, uma continuidade temporal 
  • Memoriais (lieux de memoire) são criados no bojo do jogo entre memória e história. A começar, deve haver vontade de lembrar algo em particular, que se destaque do panorama geral. 
  • A principal finalidade dos memoriais é "parar o tempo", bloquear o esquecimento, perenizar um estado de coisas, imortalizar a morte ou materializar o imaterial, de modo a capturar o máximo de significados com o menor número de signos. 
  • Exemplos de memoriais, citados por Nora: O Calendário Revolucionário, criado na Revolução Francesa com a intenção de que os franceses a revivessem, a lembrassem todos os anos e durante o ano todo. Manual pedagógico "Tour de la France par deux enfant", por meio do qual as crianças francesas eram apresentadas ao seu país.



O lieux de memoire é um objeto perdido no abismo do tempo-espaço 



** A memória dita o que a história escreve. É por isso que livros de história e eventos históricos são particularmente importantes. Eles são instrumentos históricos que registram a memória. 

  • Mas quais livros de história são lieux de memoire? Aqueles em que há sobreposição entre o homem de ciência e o homem de ação, aquele em que o discurso individual é identificado com o discurso coletivo, aquele que insere a racionalidade individual nas "razões de ordem pública".
  • Quais grandes eventos são lieux de memoire? 1) Eventos minúsculos aos quais a posteridade, avaliando retrospectivamente, atribui as origens e a solenidade das rupturas inaugurais. Exemplo: a condenação de Tiradentes (ressuscitado como ídolo da República); 2) Aqueles que são imediatamente carregados de pesado significado simbólico e que parecem uma celebração de si mesmos tão logo acontecem. 



Memory attaches itself to sites, whereas history attaches itself to events (NORA, p. 22)


** Há memoriais (lieux de memoire) mais evidentes, tais como cemitérios, museus e aniversários; há memoriais mais abstratos, tais como geração, linhagem, sesmarias. Há os memoriais portáteis, tais como as Tábuas da Lei. Há os memoriais topográficos, que devem a sua relevância justamente à sua localização e arquitetura, tais como a cidade antiga de Gênova ou o Palácio de Versailles. Há os monumentos propositalmente erigidos como memoriais: estátuas ou monumentos aos mortos (podem ser mudados de lugar e manter o seu significado). Enfatizando-se o elemento funcional, há os manuais, dicionários, testamentos e memorandos. Enfatizando-se o elemento simbólico, há os santuários que incentivam a peregrinação espontânea, o minuto de silêncio em homenagem a alguém que faleceu.

** Os memoriais (lieux de memoire) não são objetos históricos, não são relíquias que nos foram legadas pelo passado. Eles são entidades autorreferenciadas. Isso não quer dizer que não tenham conteúdo, mas que eles assumam um duplo papel: o de realidade autorreferenciada e o de objeto permanentemente aberto para todo o espectro de possíveis significações. 

** A memória nunca conheceu mais de duas formas de legitimidade: histórica e literária. Essas justificativas correram paralelas entre si, mas sempre separadamente. Hoje, os limites entre essas duas formas de legitimação da memória estão se desfazendo. A história substituiu a nossa imaginação. A memória, por sua vez, foi promovida ao centro da história.

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