terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Esquema de Leitura: Hannah Gay. Before and After Silent Spring: from chemical pesticides to biological control and integrated pest management

Centro Universitário de Brasília - Uniceub
Faculdade de Direito
Pós Graduação em Direitos Sociais, Ambiental e do Consumidor
Monografia Final: Rachel Carson e o Ambientalismo Contemporâneo.
Orientador: José Augusto Drummond
Aluna: Juliana Capra Maia
Ficha de Leitura
Referência:
GAY, Hannah. Before and After Silent Spring: From Chemical Pesticides to Biological Control and Integrated Pest Management — Britain, 1945–1980. Ambix, Vol. 59 No. 2, July, 2012, 88–108. 
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** Artigo que trata de questões afetas ao uso de pesticidas, ao ambientalismo e à ecologia dos insetos, questões suscitadas na Grã-Bretanha a partir da Segunda Guerra Mundial.

** O uso de pesticidas aumentou exponencialmente após a 2a. Guerra Mundial. Os efeitos dessas novas tecnologias desde logo foram percebidos. O artigo discute os efeitos negativos dos pesticidas na Grã-Bretanha e em áreas da atual Malásia, bem como as respostas governamentais a essas ameaças.

** O livro "Primavera Silenciosa", de Rachel Carson, foi muito influente nesse período. Mas a autora e seu mais famoso escrito não estava sozinha. O público, assim como diversos cientistas britânicos questionavam a larga utilização de pesticidas na Commonwealth.
  • 1970. Largo financiamento, na Grã-Bretanha, para pesquisas a respeito de pesticidas e meio ambiente, mesmo durante os anos de recessão econômica.


INTRODUÇÃO

** "Primavera Silenciosa", de Rachel Carson, alertou o público em geral para o perigo de degradação dos ecossistemas em decorrência do uso de pesticidas. 
  • Prefácio à edição britânica escrito por Julien Huxley, que trouxe exemplos de danos ecológicos locais provocados por pesticidas. Citou o declínio da borboleta britânica e do cuco.
** Era inegável que os novos pesticidas salvavam vidas em áreas afetadas por doenças transmitidas por insetos, tais como a malária. Era igualmente inegável que o seu uso estava elevando a agricultura a novos patamares de produtividade. Contudo, os novos pesticidas também traziam novos problemas (p.89).

** Em decorrência dos muitos benefícios proporcionados pelos novos inseticidas, o governo britânico foi lento em fornecer respostas às ameaças que eles representavam. 

** Muitos jovens cientistas foram incentivados por Primavera Silenciosa e pelo seu prefácio à edição britânica, de autoria de Julien Huxley. Imperial College London, na década de 1970: "While acknowledging, as did Carson, that chemicals are needed in modern agriculture, they developed methods of biological pest control, promoted sustainable agricultural practice, and stressed the importance of biodiversity". (GAY, 2012, p. 89). 

** O controle de pragas na Grã-Bretanha.
  • O controle de pragas já era uma área de pesquisa no Imperial College no início do século XX. Harold M. Lefroy, 1912: controle de pragas em grãos estocados. James Munro: continuidade e avanço nos trabalhos de Harold Lefroy. 
  • Durante a Segunda Grande Guerra, O Imperial College já era referência no estudo e controle de pragas: "In addition to insect pests in stored foods, there was much emphasis on tropical agricultural pests, especially those of major economic crops, such as cotton, tea, sugar, cocoa, coffee, tobacco, and rubber". (GAY, 2012, p. 89). 
  • Além da biologia, a química no Imperial College London também se dedicava ao controle de pragas. Ian Heilbron pesquisava substitutos para o inseticida natural pyretrhum, o que também era uma preocupação de James Munro. 
  • Testaram o Gesarol, cujo princípio ativo era o DDT. Os testes demonstraram que a sua toxidade, em mamíferos, era baixa. Por isso, Munro e Heilbron pediram para testar o produto em áreas afetadas pela malária. Obtiveram autorização para testá-lo na Guiana Inglesa, onde trabalhadores rurais eram gravemente afetados pela febre amarela e pela malária. 
Spraying with DDT controlled the mosquito vectors of the agents of both these diseases to a degree never before witnessed, and without any immediately noticeable negative effects — although there was some concern over fish kills. Successful trials in British Guiana and elsewhere led to a huge increase in the manufacture of DDT. (GAY, 2012, p. 91). 

** Os EUA possuíam o seu próprio programa de pesquisas e, tal como a Grã-Bretanha, passaram a produzir o DDT em larga escala. Após a Guerra, as grandes indústrias químicas começaram a competir. Colocaram no mercado a aldrina e a dieldrina (ambas fabricadas pela Shell) e o heptacloro (fabricado pelo ICI). Com o uso desses produtos, diversos problemas ecológicos começaram a ser constatados.

** Em Primavera Silenciosa, Rachel Carson sugere a redução e talvez a substituição dos pesticidas por outra ordem de tecnologias: esterilização de insetos por meio e radiação; armadilhas para insetos mediante uso de ferormônios e pesquisa por predadores naturais dos insetos. Menciona, igualmente, o controle biológico, embora menos favoravelmente. 
The road that she wanted people to travel led towards the sterilisation of insects by radiation, insect trapping by the use of pheromones, and the seeking of new insect pathogens. She mentioned biological control, but less favourably. Pheromone research flourished, but biological control and IPM became the most popular methods of pest control over the longer term, although they are now challenged by work on transgenic plants and animals (GAY, 2012, p. 91/92). 


ANTES DE PRIMAVERA SILENCIOSA: OS NOVOS INSETICIDAS E OS SEUS PROBLEMAS.

** Final dos anos 1940. Aumento rápido do uso de pesticidas. Os trabalhadores rurais começaram a utilizá-los e a manuseá-los sem proteção e sem suficientes conhecimentos a respeito da sua toxidade.  
The agricultural use of pesticides grew rapidly after the war, and farmworkers began handling chemicals without much knowledge of their toxicity and without proper protection. In the late 1940s, eight farmworkers died shortly after handling the herbicide 4,6-dinitro-orthocresol. (GAY, 2012, p. 92).               
  • Mortes de trabalhadores rurais induziram pesquisas acerca do uso de pesticidas na agricultura, pelo Ministério da Agricultura. Essas pesquisas conduziriam à edição do Agriculture Act, de 1952. Foram temas das pesquisas conduzidas pelo Ministério da Agricultura: 
1. segurança dos trabalhadores rurais no manuseio de pesticidas;  
2. segurança dos consumidores em relação a lavouras e rebanhos contaminados;  
3. riscos aos ecossistemas e às fazendas vizinhas.     

** Agriculture Act, de 1952.

  • Regulamentação fraca, até porque o número de acidentes de trabalho provocados pelos maquinários das fábricas era muitas vezes superior às mortes de trabalhadores provocadas por pesticidas. 
  • Nem se cogitava, nessa época, o banimento de pesticidas. 
  • As fábricas de pesticidas eram chamadas a "cooperar", voluntária e preventivamente, pela maior difusão de informações.
  • Previu trajes especiais para os trabalhadores que manuseavam pesticidas, bem como a obrigatoriedade de notificação do Poder Público em casos de contaminação. 
** Dados sobre o impacto dos pesticidas no meio ambiente >> 
The minister of agriculture was in a difficult position. On the one hand, it was clear that pesticides allowed for more intensive farming (through saving labour costs related to weeding and the destruction of insect pests) and for considerable increases in yields. [...]. On the other hand, the returns on pesticide use were diminishing, and the ecological costs were becoming increasingly clear. Needless to say, the minister was lobbied from all sides. (GAY, 2012, p. 92/93).          

** A comunidade científica ficou dividida. O uso de pesticidas nos pastos contaminava os rebanhos? E a carne obtida por meio desses rebanhos contaminava os humanos? Isso queria dizer que era necessário descartar os animais que se alimentaram de pastos pulverizados?
  • Com o tempo, a balança passou a pesar contra os produtores de pesticidas. E o que teria sido decisivo para isso, segundo a autora, teria sido as evidentes consequências ecológicas dos pesticidas no campo.  

** A autora defende o seu argumento por meio da experiência britânica com aldrina e dieldrina no Reino Unido e em territórios que atualmente compõem a Malásia. 

  • Desde logo, percebeu-se que a aldrina e a dieldrina contribuíam para a mortandade de aves que se alimentavam das lavouras pulverizadas, das aves de rapina, que se alimentavam de outras aves, e das aves que se alimentavam de peixes.
  • Na década de 1950, o parlamentar John Morrison atuou na Casa dos Comuns como campeão da cruzada "contra o envenenamento do campo". Recebeu apoio do público em geral. 
  • Apesar da mortandade de aves em decorrência dos pesticidas ter sido ratificada por veterinários, o governo queria mais informações: afinal, quantas aves estavam morrendo? Mas recusava-se a realizar o censo. Exigia que esses dados lhe fossem fornecidos pelos produtores de pesticidas ou pelos que se insurgiam contra eles. O foco era a produtividade da agricultura, não a contaminação.   
  • Em 1959, pressionado pelo parlamento, o Ministro da Agricultura montou um grupo de pesquisas a respeito dos pesticidas. As pesquisas concluíram pela ocorrência de dano ecológico provocado pelos pesticidas, mesmo considerando que a paisagem campestre da Grã-Bretanha já tinha pouco de "selvagem" (wild).
  • Década de 1960. Acirramento do debate. Em função de particularidades climáticas (seca), 1960 testemunhou maiores quantidades de mortes de aves do que os anos precedentes. Após análise das carcaças de aves, o laboratório público recomendou o banimento da dieldrina, da aldrina e do heptacloro. Nessa época, a ICI já havia decidido parar de fabricar o heptacloro. Reticente em editar uma proibição expressa, o governo pressionava para que a Shell parasse de fabricar a aldrina e a dieldrina. 
  • Restrição progressiva do acesso dos agricultores, jardineiros e horticultores aos pesticidas. 
Ecologists at Monks Wood, along with others worldwide, showed not only the direct consequences of pesticide use, but also how and why ecosystems were being severely damaged. They understood the need for agriculture to coexist with wild habitats, not only for the maintenance of biodiversity, but also to provide refuges for the natural control agents of agricultural pests. (GAY, 2012, p. 96).

** IUCN, fundada em 1948. 

  • O encontro da IUCN realizado em Copenhague, em 1954, discutiu precisamente os problemas relacionados a pesticidas e ecologia. 
  • Diversas questões suscitas por Rachel Carson em Silent Spring também foram discutidas, em linguagem mais técnica e seca, em 1965.

** Diversos dados iniciais sobre os efeitos dos pesticidas não vieram da agricultura, mas do controle da malária.

  • Programa de pulverização de residências para controle da malária, conduzido pela OMS em Bornéu na década de 1950. O controle da malária foi efetivamente bem sucedido, mas havia diversos problemas relatados, tais como a mortandade de gatos e a destruição dos telhados por lagartas (cujos predadores foram mortos pela pulverização de DDT). Com a mortandade dos gatos, comprovou-se que, em determinadas concentrações, o DDT era, sim, perigoso aos mamíferos.


POLÍTICA AMBIENTAL, 1962–1972

** Quando Rachel Carson publicou Primavera Silenciosa, o terreno já estava bem preparado para a sua boa recepção pelo público. Diversos outros acontecimentos vinham moldando a forma como as pessoas se aproximavam da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.
  • 1966. O Conselho da Europa declarou que 1970 seria o ano da conservação ambiental na Europa.
  • 1967. Desastre ambiental provocado pelo derramamento de óleo na costa da Cornualha. Ponto-chave da mudança da opinião pública na Grã-Bretanha e do aumento de poder dos movimentos ambientalistas.
  • 1968. A Bomba populacional, de Paul Ehrlich.
  • 1968. Fundação do Clube de Roma.
  • 1969. Fundação da organização não governamental "Friends of the Earth", nos EUA.
  • 1970. Fundação da revista "The Ecologist", por Edward Goldsmith.
  • 1970. Estabelecimento da Royal Commission on Environmental Pollution.
  • 1971. Fundação do Greenpeace, organização não governamental, no Canadá.
  • 1972. Divulgação do relatório Os limites do Crescimento, do MIT, revelando o colapso da sociedade industrial no ano de 2100.
  • 1972. Publicação do manifesto "Blueprint for Survival", na The Ecologist. "Blueprint became, as intended by its authors, an unofficial manifesto for the United Nations Human Environment Conference held in Stockholm in 1972" (GAY, 2012, p. 99).  
  • 1972. Publicação do livro Only One Earth, para a Conferência das Nações Unidas. "Pense globalmente, aja localmente".      
  • 1981. Edição do Wildlife and Contryside Act, no Reino Unido, com a finalidade de proteger a vida marinha, o ambiente rural, etc.   
Another outcome of growing ecological concerns worldwide was the growth of the science of ecotoxicology. In 1979, the Society of Environmental Toxicology and Chemistry was established. It was an international body with plenty to occupy its agendas. New disasters, such as the nuclear accidents at Chernobyl and Three Mile Island, and the Exxon Valdez oil spill in Alaska, provided much for scientists to think about. Despite increasing awareness, problems with chemical contamination continue. (GAY, 2012, p. 100).            


TOWARDS BIOLOGICAL CONTROL
Without the public awareness of environmental problems, and the consequent politi- cal response, the expansion of ecological work in the 1960s and 1970s would not have occurred in the way that it did. (GAY, 2012, p. 100).   
** Expansão, via financiamento, dos estudos entomológicos, que buscavam alternativas ao uso de pesticidas (controle biológico). 
  • Estudos em meio ambiente e ecologia cresceram mesmo em plena crise do petróleo, dado o financiamento público da pesquisa, o que foi uma resposta da Grã-Bretanha à Conferência de Estocolmo.
  • A partir desse trecho, a autora cita autores e estudos britânicos que contribuíram para o avanço do controle biológico de pragas.   
Many methods were tried, including reducing chemical usage, avoiding monoculture, removing crop debris, and educating farmers to allow their agricultural plots to be surrounded by wild areas so that the natural enemies of pests could thrive. Research on the mass production of local (nonexotic) predators and parasites was another approach. (GAY, 2012, p. 102).  


COMENTÁRIOS FINAIS

** Conseguir alimentar uma população humana em grande expansão era e ainda é uma das grandes preocupações das Nações Unidas. Nesse sentido, a agricultura intensiva -- que demanda pesticidas -- historicamente apareceu como a resposta mais lógica.
  • A agricultura intensiva teve recordes de produtividade sob a "Revolução Verde". Com o tempo, concluiu-se que a revolução verde não era tão verde assim... 
We recognise the serious problems associated with intensive agriculture, problems that came to be understood by many scientists within a relatively short period following World War II. Public awareness followed soon after. The 1970s, as in so many other areas of cultural and political life, were especially transformative. (GAY, 2012, P. 105).
Providing safe and sufficient food for people around the globe was an international political goal and a central UN concern — and so it remains. One of the major post-war developments in agriculture was the so-called Green Revolution. It began with plant-breeding research in Mexico during the 1940s. (GAY, 2012, p. 106). 
  • Embora fossem resistentes a doenças, as novas sementes não eram resistentes a pestes. Eram caras e requeriam pesticidas, fertilizantes e muita água para produzir lavouras cada vez mais rentáveis. 
Although they were disease-resistant, they were not pest-resistant. Furthermore, the seeds were expensive, and the plants required not only pesticides but also artificial fertilisers and much irrigation to produce the high yields. Although the Green Revolution had made a significant contribution to the reduction of global hunger, in today’s parlance it was not green. It proved too expensive for poor farmers and used too much water, and the heavy use of fertilisers and pesticides was damaging to local ecosystems and to the larger environment. 
During the 1960s, the environmental movement was viewed somewhat negatively by champions of the Green Revolution. By the 1970s, the tide had turned, and envi- ronmentalism had made it onto the agenda at the UN. It was a political force in many countries. (GAY, 2012, p. 106).    
** Artigo que trata de questões afetas ao uso de pesticidas, ao ambientalismo e à ecologia dos insetos, questões suscitadas na Grã-Bretanha a partir da Segunda Guerra Mundial. 
  • Já no final dos anos 1940, sérios problemas -- para a saúde humana e para o meio ambiente em geral -- haviam sido provocados pelo uso intensivo de pesticidas. 
  • Esses problemas eram percebidos quer na Grã-Bretanha, quer nas suas colônias, espalhadas pelo globo.
  • Mesmo com o fim do império britânico, a ciência continuou se dedicando à agricultura tropical.
  • Surgimento de novos centros de pesquisa. A Ecologia, que era uma disciplina periférica, tornou-se mais respeitada, mais central na Grã-Bretanha. A disciplina adquiriu novo status.
During the 1970s, renewal meant the inclusion of environmental and ecological science within the British scientific establishment, a cultural change for which Carson can take some of the credit. (GAY, 2012, p. 107).
  • Apesar dos esforços, o cenário atual está longe de ser alentador. Um percentual enorme da produção mundial de alimentos se perde por causa de pestes, armazenamento inadequado, problemas de infraestrutura de transporte, etc, enquanto 900 milhões de pessoas passam fome. A contaminação por pesticidas persiste e centenas de espécies têm desaparecido em decorrência do uso desses produtos.  
[...] even today about 40 per cent of the world’s crops are lost to rodents, insect pests, disease, poor storage, and the lack of transportation infrastructure. About nine hundred million people are underfed, and a few million children die each year from malnourishment. Those numbers are forecast to grow. Furthermore, millions of people worldwide are still being poisoned by pesticides,76 and the intensification of farming in Britain has resulted in the sharp decline, and even loss, of many farmland birds, such as the corn bunting, linnet, lapwing, and yellowhammer. It is estimated that, during the final twenty years of the twentieth century, about ten million breeding individuals of ten species disappeared from the countryside, and that parallel losses were experienced elsewhere in Europe. This new loss of biodiversity, not limited to birds, is due not so much to pesticides as to loss of habitat. (GAY, 2012, p. 107).  
Were Rachel Carson alive today, she would have been sensitive to the more recent changes in the countryside, to intensification in agriculture, and to what has been named the Second Silent Spring [...]. Along with others, she became alerted to environmental problems in the 1950s, and used her literary skill to alert others — to great effect [...]. Although the book did not launch the environmental movement, it helped to accelerate it. It influenced a younger generation, and was a factor in the growth of the environmental sciences and insect ecology during the 1970s. This, in turn, led to an acceleration in research into biological control, and to a more integrated approach to the fighting of pests. Because of its far-reaching influence, Silent Spring must surely count as one of the most important science books of the twentieth century. (GAY, 2012, p. 108).                                 

** Indicações de leitura a respeito do legado de Rachel Carson: 
It is hard to document Carson’s effect and legacy, but there is little doubt that it was considerable. For some American views on this, see: Lisa H. Sideris and Kathleen Dean Moore, eds., Rachel Carson: Legacy and Chal- lenge (Albany: State University of New York Press, 2008); Thomas R. Dunlap, Scientists, Citizens and Public Policy (Princeton, N.J.: Princeton University Press, 1981); and Thomas R. Dunlap, ed., DDT, Silent Spring and the Rise of Environmentalism (Seattle: University of Washington Press, 2008). See also: Frank Graham Jr., Since Silent Spring (Boston, Mass.: Houghton Mifflin, 1970); and Dorothy Nelkin, “Ecologists and the Public Inter- est,” Hastings Center Report 6 (1976): 38–44. Dunlap’s 2008 book is a collection of excerpts from classic papers. The first, an essay by Stephen A. Forbes, “The Ecological Foundations of Applied Entomology,” was originally published in 1915, and begins with the claim, “applied entomology is peculiarly an American subject,” something that those working at Imperial College could well have challenged. H. M. Lefroy worked on insect pests of the cotton plant in the late nineteenth century, an area of research seen by Forbes as exclusively American. As to the later period, I have spoken to several British ecologists who began their careers in the late 1960s and early 1970s; all mentioned being inspired by Carson’s book. For some other retrospective thoughts, see D. A. Christie and E. M. Tansey, eds., Environmental Toxicology: The Legacy of Silent Spring, Witness Seminars, vol. 19 (2004) (available at http://history.qmul.ac.uk/research/modbiomed/Publications). For more general coverage, see Samuel P. Hays, A History of Environmental Politics Since 1945 (Pittsburgh, Penn.: University of Pittsburgh Press, 2000). (GAY, 2012, p. 97).

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